Médica especialista em medicina fetal, Dra. Maysa F. Zambotti explica a importância de identificar precocemente os riscos da prematuridade
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, cerca de 15 milhões de bebês nascem prematuros todos os anos no mundo. No Brasil, estima-se que aproximadamente 12% dos partos sejam prematuros, o que reforça a importância da vigilância e do acompanhamento adequado durante a gravidez.
A boa notícia é que, com o avanço da medicina fetal, já é possível rastrear precocemente gestantes com maior risco de trabalho de parto prematuro. De acordo com a médica Dra. Maysa F. Zambotti, especialista em medicina fetal, esse rastreamento pode ser feito de forma simples e eficaz, especialmente entre a 20ª e a 24ª semana de gestação.
“A principal ferramenta que utilizamos é a medida do colo uterino por ultrassonografia transvaginal. Quando o colo está encurtado, isso pode indicar um risco aumentado de parto prematuro”, explica a especialista. Outros fatores como histórico de prematuridade, infecções e gestação gemelar também entram no radar médico.
O rastreio precoce permite a adoção de medidas preventivas que podem fazer toda a diferença no desfecho da gestação. “Quando detectamos o risco, podemos iniciar o uso de progesterona, considerar o cerclagem uterino e intensificar o acompanhamento, o que ajuda a prolongar a gestação e proteger a saúde do bebê”, acrescenta Dra. Maysa.
Para a especialista, incorporar o rastreamento ao pré-natal, especialmente em gestações de risco, é fundamental. “Quanto mais cedo identificarmos a ameaça de prematuridade, maiores as chances de agir a tempo e garantir uma gestação mais segura para mãe e bebê”, finaliza.